Escrevo minha mais arriscada opinião até agora.
Durante sua brilhante viagem de articulações pelo nordeste, o ex-presidente Lula (PT) ganhou muito destaque por defender a regulação dos meios de comunicação da mídia. O mesmo Lula passou 580 dias injustamente na prisão, devido a uma farsa jurídica (já derrubada) montada em Curitiba e nacionalmente propagada pela própria mídia que não se importou com a verdade.
Lula tem mais espaço de fala e autoridade moral do que qualquer um para falar em regulação da mídia, porém é aconselhavel que não o faça, não nesse momento.
Sugiro ao ex-presidente moderar a fala pelos seguintes motivos: Desde que recuperou os direiros políticos, a mídia passou a flertar com o ex-presidente de forma inédita. Editoriais, articulistas, analistas e jornalistas em geral, teceram elogios a Lula. Mirian Leitão, Catanhede, Folha de São Paulo, O Globo e (pasmem) Veja, aliviaram o tom e até insinuaram apoio eleitoral. A aliança com os grandes jornais, revistas e emissoras será importantissima para a governabilidade de Lula após a eleição de 2022.
Criar conflitos com a imprensa atualmente não é inteligente e sim um tiro no pé. Após as falas, os jornais voltaram a endurecer contra Lula em matérias. É necessário retomar o dialogo. Além de tudo, as falas "radicais" do ex-presidente dão a Bolsonaro a chance de posar como paladino da liberdade de expressão, revivendos os enfraquecidos fantasmas das ditaduras cubanas e venezuelanas (que não devem ser integralmente defendidas, apesar de muitas vitórias sociais) e taxando Lula de extremista (apesar de ser um grande conciliador).
Pessoalmente, sou favoravel a regulação dos meios da mídia e imprensa, não podemos continuar com esse modelo onde 5 famílias controlam todos os grandes jornais, sem qualquer restrição desde 1962 (ano do marco atual) e concordo com as opiniões de Lula que são certeiras, porém nesse momento em que temos quase 600 mil mortos na pandemia, outros assuntos devem ser prioridade, como por exemplo: Vacina, desemprego, inflação, fome e educação.
O debate erroneamente reascendido por Lula pode ser pautado para 2023. Apenas meu pensamento.
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