Uma nova pesquisa encaminhada pelo jornal O Estado de São Paulo sobre o potencial de votos de 10 figuras politicas nas eleições de 2022, mostra que o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) tem uma força eleitoral consideravelmente maior que o atual mandatário Jair Bolsonaro, podendo encaminhar uma vitória até em primeiro turno.
No levantamento publicado na noite de ontem, Lula tem um potencial (com certeza votaria + poderia votar) de 50% dos votos, Jair Bolsonaro está com 12 pontos de desvantagem, 38%, já o terceiro colocado, o ex-juiz Sergio Moro amarga 31% de potencial.
Nomes que até agora eram considerados como alternativas de terceira via, desapontam: O Governador de São Paulo João Doria (PSDB) tem apenas 15% das considerações e o apresentador Luciano Huck agrega 28%, quantidade inferior a de Moro.
O ex-governador do Ceara Ciro Gomes (PDT) que tentava costurar uma frente de centro, conquista no máximo 25%, podendo repetir o fracasso de 2018. O "coronel" ganhou rejeição tanto entre a direita e a esquerda.
O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) consegue considerado como substituto natural caso Lula não queira disputar, tem o potencial apoio de 27% dos entrevistados, vale lembrar que com o apoio do ex-presidente Lula, Haddad pode evoluir eleitoralmente.
A ex-senadora Marina Silva (Rede), o ex-ministro da saúde Mandetta (DEM) e o líder do MTST Guilherme Boulos (PSOL) surgem como nanicos.
Outro item pesquisado foi a rejeição dos possíveis candidatos: Marina, Doria, Huck e Bolsonaro lideram nesse quesito com 59%, 57%, 57% e 56% respectivamente, Ciro Gomes tem 53%, Haddad 52% e Moro 50% , Boulos tem 49% e Mandetta 45%, já Lula é o menos rejeitado dos nomes, com 44%.
As principais razões da crescente desaprovação de Bolsonaro são o atraso da vacinação no momento em que o Brasil atinge seu ápice na pandemia, a economia patinando sem nenhum sinal de recuperação e a intervenção do governo federal na Petrobrás, que foi vista pelo mercado como um ato de rompimento. O presidente tem 56% de rejeição, o que é fatal em qualquer eleição.
A crescente avaliação positiva em relação ao ex-presidente Lula tem vários motivos, como a divulgação constante de mensagens entre procuradores da Lava-Jato e magistrados (incluindo o ex-Juiz Sergio Moro) que alimentam um sentimento na sociedade de que Lula foi alvo de um perseguição politica para retira-lo do processo eleitoral de 2018, a alta no preço dos alimentos que eram muito melhores durante o governo do petista e também o avanço de Lula nas redes sociais que recentemente bateu 55% de menções positivas, todos esses fatores podem levar a uma vitória no primeiro turno, como indica a pesquisa. Lula hoje está inelegível, porém sua defesa aposta na anulação de suas condenações no Supremo Tribunal Federal, a tendência é de vitória.
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