Hoje o Brasil vai as urnas, se desenha um cenário extremamente complexo e diferente. Nesse artigo irei analisar o desempenho das forças políticas.
Nessa eleição, a extrema-direita bolsonarista está prestes a sofrer uma dura derrota eleitoral. Muitos candidatos apoiados por Bolsonaro se desidrataram rapidamente, como Celso Russomano (republicanos) em São Paulo e Marcelo Crivella (republicanos) no Rio de Janeiro, o primeiro largou com 29% das intenções de voto e hoje está com apenas 13%, já Crivella foi eleito em 2016 com 60% dos votos, porém em 2020 aparece com só 17% com altas chances de ficar de fora do segundo turno.
A centro-direita pode ser a grande vencedora dessa eleição, Alexandre Kalil (PSD) em Belo Horizonte tem 72% dos votos, Bruno Covas (PSDB) pontua 37% em São Paulo, Bruno Reis (DEM) pode ganhar no primeiro turno a capital Salvador, eles também lideram em cidades médias como Santos, onde Rogerio Santos (PSDB) pode ganhar em primeiro turno,
Mas será que o cenário é realmente muito ruim para a esquerda? A resposta é não.
A esquerda brasileira tem tudo para surpreender nessa eleição, em Porto Alegre Manuela D'avilla (PCdoB) lidera isolada e é favorita em qualquer cenário de segundo turno, Guilherme Boulos (PSOL) está em segundo lugar na disputa em São Paulo e se reunir apoios importantes como o de Jilmar Tatto (PT) e Márcio França (PSB), ele pode vencer, Edmilson Rodrigues (PSOL) lidera em Belém.
O PT enfrenta um preconceito extremo da mídia e da elite desde 2013, em 2016 teve sua pior derrota nas urnas, sofreu o golpe parlamentar, em 2018 teve seu principal líder preso e hoje passa por uma censura. Com isso tudo o partido de Lula consegue se manter firme e preparado para recuperar terrenos. Obviamente o arco de alianças poderia ter sido maior, mas a sigla está com força. Em Recife, Marília Arraes já está colada em João Campos (PSB), dois candidatos progressistas, mas a sensibilidade social e preparo para governar é da petista. No Rio de Janeiro, Benedita da Silva tem reais chances de passar Crivella e ir para o segundo turno, mesmo com as hipócritas críticas que ordenavam o apoio a Martha Rocha (PDT) que nem de esquerda é. Em Fortaleza Luizianne Lins detém uma boa fatia do eleitorado, uma ida para o segundo turno não está descartada. Em Vitória, João Coser está tecnicamente empatado em primeiro lugar com Pazolini (republicanos) e Gandini (Cidadania), se for para o segundo turno ele tem reais chances de vencer.
Após essa analise, percebemos que o cenário do PT não é tão ruim como a mídia tentava colar, mesmo se não ganhar nenhuma capital, o partido lidera em diversas cidades médias como Contagem, Diadema e Juiz de Fora, além de se manter competitivo quando não lidera, como em Guarulhos. A expectativa é que a sigla recupere 150 prefeituras.
Conclusão: O bolsonarismo se desgasta e sofre derrota considerável, mas não é descartado como força politica em 2022.
O centro ganha muito nessas eleições, mas não ocorre nenhuma onda ou vitória estrondosa, não se fortalecem totalmente para 2022, devido a falta de um nome nacional.
A esquerda ganha territórios importantes, o PT não é massacrado e recupera importantes territórios, já os outros partidos no geral também ganham muito em capitais e cidades, unidos ou não, as chances para 2022 crescem.
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