A segunda turma do Supremo Tribunal Federal está próxima de julgar um pedido de Suspeição feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso seja acatado, Lula recuperará seus direitos políticos e consequentemente estará livre para concorrer a presidência em 2022. Com isso tudo em questão, devemos analisar o julgamento e o papel de Lula na reconstrução nacional.
O que está em jogo no STF: O ministro Gilmar Mendes deve pautar em breve a suspeição de Moro, ele pediu vista em 2018, até o momento temos 4 votos certos: Os ministros Fachin e Carmem Lúcia já se manifestaram contra a suspeição, contudo Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes ambos da ala garantista e críticos da Lava-jato pretendem votar pela suspeição, com isso, a decisão fica com o decano Celso de Mello ou talvez não... O voto de Mello é um mistério, devido isso a defesa de Lula prefere uma abordagem mais segura: O decano se aposenta em Novembro, o vazio na segunda turma deverá ser ocupado por Marco Aurélio de Mello (também garantista) mas o ministro já se mostrou crítico da "dança das cadeiras" entre as duas turmas, caso ele renuncie, a ida para a segunda turma será de Dias Toffoli, ministro famoso pelo garantismo e críticas a Lava-jato, assim a suspeição de Moro ficaria totalmente assegurada.
A suspeição de Sergio Moro é mais do que necessária, como juiz ele agiu de forma parcial e inconstitucional, testemunhas eram coagidas, delatores eram pressionados a mencionar o ex-presidente Lula, como no caso de Léo Pinheiro: O empresário tinha inocentado Lula em sua primeira delação, logo depois foi pressionado dia após dia, acusou Lula em delação e hoje está em prisão domiciliar. A parceria ilegal de Moro com os procuradores também é notória como mostrado pelo The Intercept Brasil: Moro através de mensagens por Telegram divulgadas, auxiliava e aconselhava a acusação, discutia ações políticas e até elogiava o MPF, Moro cometeu uma ilegalidade ao divulgar o áudio entre Lula e Dilma que exercia a presidência e tinha foro privilegiado também já se mostrou público que as conversa foram editadas para culpar Lula, nas partes descartadas por Moro, lideranças políticas diziam que Lula estava entusiasmado para ajudar a nação ingressando mo governo Dilma.
A vontade do juiz em "caçar Lula" também se mostrou evidente quando ele recusou investigar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso do PSDB, temendo "melindrar um possível aliado", Moro se mostrou parcial novamente quando recusou uma delação do ex-presidente da câmara Eduardo Cunha contra o então presidente Michel Temer (PMDB) o maior articulador do Golpe de 2016.
O então magistrado aceitou delações consideradas fracas até pelos acusadores, como a do ex-ministro do PT: Palocci, Deltan Dallagnol da força tarefa disse: "Russo (apelido de Moro) disse que é difícil provar".
Se o judiciário brasileiro quer restaurar a credibilidade da justiça e do estado de direito, ele deve anular as sentenças contra Lula.
Em qualquer país decente do mundo, Moro poderia estar preso. O STF precisa acatar o pedido de suspeição de Moro para assim acabar com a série de injustiças feitas contra a maior liderança popular da história do país, promovidas pela grande mídia e elites.
Com a anulação das sentenças mentirosas, o STF estaria ascendendo uma tocha de esperança do coração da sociedade, com a anulação, Lula estaria livre de vez para exercer o seu papel na reconstrução nacional.
O papel de Lula na reconstrução nacional: Com a suspeição de Moro, Lula recuperaria seus direitos políticos e estaria livre para concorrer a presidente em 2022. Muito se fala sobre a ausência de Lula em movimentos pela democracia, ele está certo, tais movimentos não abraçam o Fora Bolsonaro e tem como participantes membros do projeto neo-liberal.
Em 7 de setembro, Lula fez um repercutido e brilhante pronunciamento onde se coloca a disposição, insinuando candidatura. As pesquisas mostram que Lula é o mais forte nome da oposição, caso seja candidato seus índices de eleitores irão aumentar com mais 10% dos votos, ele seria apoiado por progressistas como o PSOL e o PCdoB, talvez com Flávio Dino como vice. Com Lula candidato seria possível uma agenda paralela a de destruição do atual governo, com Lula candidato o Brasil voltaria a ter esperança. Mas para isso será exigível que Ciro Gomes pare de usar o seu discurso divisionista e grosso.
Lula poderia muito bem percorrer o Brasil, de norte a sul, Recife a SP, junto com o seu time composto por Fernando Haddad, Gleisi Hoffman, Jaques Wagner e tantos outros de extrema competência. Ele deve fazer a defesa de seu legado, lembrando os avanços sociais da era PT, denunciando as mentiras de Bolsonaro, Lula não pode abandonar companheiros históricos como Zé Dirceu, Genoíno, João Paulo Cunha, Aloízo Mercadante e também os falecidos Marcio Thomaz Bastos e Luis Gushiken. Lula estará ao lado de novas lideranças como Freixo, Boulos e D'avilla. Lula deverá apresentar ao Brasil os milagres feitos pelos governadores do PT: Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), Wellington Dias (Piauí), Camilo Santana (Ceará) e Rui Costa (Bahia). Lula deverá ser auxiliado por quem tem experiencia, grandes personagens nacionais como Requião e Tarso Genro.
Lula também deve marcar território no cenário mundial, se portando como o grande líder que é, deverá dar a palavra sempre, e não poderá se esquecer de defender o período progressista da América Latina, capitaneado por ele, Dilma, o Casal K, Alberto Fernandez, Mujica, Tabaré, Alan Garcia, Ricardo Lagos, Bachelet, Rafael Correa, Evo Morales, Maduro, Chavez e Fernando Lugo.
Lula representa uma agenda que deu certo, um projeto para todos, especialmente aos mais necessitados, representa a felicidade, a esperança, a ascensão social, a arte, o crescimento econômico, a combate a fome, as desigualdades, a justiça, a imparcialidade, a cultura, a música, a igualdade, o sorriso, o respeito, o sucesso, a fraternidade e principalmente o melhor de cada um.
Por isso, mais do que nunca: Lula 2022!
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