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A eleição na câmara


Muito tem se falado na eleição para presidente da câmara dos deputados em fevereiro de 2021, a disputa pode ser considerada a largada para 2022 e já iniciaram-se articulações. Nesse breve artigo irei expor minha opinião e meu conselho para a oposição.


No dia 6 de dezembro, o STF vetou a possibilidade de reeleição dos presidentes da câmara e senado, alegando o respeito a constituição. Apesar de estar cumprindo a lei, foi uma votação cínica porque a grande maioria dos ministros contra a reeleição foi favorável a inconstitucional prisão de Lula em 2018, quebrando assim o transito em julgado.

Eles são influenciados pela mídia e não a liturgia institucional, votam com a faca no pescoço.

Vale lembrar que o congresso pode mudar a lei com a votação de uma emenda constitucional.


Mas vamos a eleição:


O líder do centrão Arthur Lira (PP) lançou sua candidatura com o apoio de 8 partidos: PP, PL, Avante, PSD, Patriota, Solidariedade, PROS, PSC e do palácio do planalto, contam 170 deputados. O grupo conta com a adesão do PTB de Roberto Jefferson.


Já o grupo do presidente da casa Rodrigo Maia ainda briga internamente para escolher um candidato, o presidente nacional do MDB Baleia Rossi e o deputado Agnaldo Ribeiro (PP) são os favoritos.

O grupo de Maia conta com DEM, PSDB, MDB, Cidadania, PSL e PV, juntos tem 160 parlamentares.


A oposição que tem 130 deputados, se destaca como a cobiçada fiel da balança, ambos os grupos tentam atrai-la para seu lado.

Ela tem uma opinião negativa de Baleia Rossi devido a proximidade deste com o ex-presidente Michel Temer, mas caso Maia escolha Agnado, o MDB apoiará Lira.


Outro fator determinante é a votação secreta, relações pessoais podem acabar em traição.


Hora de dar minha opinião:


A eleição na casa baixa é essencial para a nossa sobrevivência, quando leio que setores do PT defendem o voto a Lira fico horrorizado, eleger Lira é dar o controle da pauta legislativa ao governo federal, tornando dezenas de vezes mais fácil a reeleição de Bolsonaro.


A candidatura própria da oposição também seria um tiro no pé, não agregaria e deixaria a vitória de Lira no primeiro turno mais provável.


É evidente que a vitória do ungido de Maia criaria rédeas para uma "terceira via" em 2022, mas usar as presidenciais como argumento não é nada mais do que omisso. Maia é um golpista neoliberal, já Bolsonaro é um fascista. Não parece uma escolha difícil.


Durante a gestão de Maia tivemos um espaço a mais na agenda parlamentar, o seu indicado irá seguir os passos para se sustentar.


Lira nos faz promessas impossíveis, se acreditarmos nelas nós estaríamos jogando nossa responsabilidade e dever de frear o obscurantismo no buraco.


Toda a oposição deve se alinhar ao grupo de Rodrigo para impedir uma grande vitória Bolsonarista. Nesse momento ações pragmáticas devem se sobressair em relação a aventuras pessoais, é isso ou o caos.


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